O anúncio da renúncia do Papa Bento 16 durante o carnaval brasileiro chamou a atenção de todos nós. Ganhou até mais destaque no notíciário, do que o própiro evento que movimentava o país. Primeiro porque um Papa pedir para deixar o cargo é algo inimaginável na história recente da igreja. E segundo, porque os motivos, aparentemente, eram inconsistentes.
Alguns especialistas dizem que a personalidade de Bento 16 não o deixaria morrer na frente dos holofotes. Outros já acreditam que a decisão foi motivada por uma disputa de poder dentro do Vaticano. A decisão de Bento 16 talvez revele um mistério. De que na igreja, no Vaticano, não há apenas 'santos', ao contrário, há disputas pelo poder, pela defesa de dogmas.
Cabe aqui um paralelo, recenetemente o deputado Tiririca declarou que não se candidatará mais a nenhum cargo legislativo ou executivo, pois segundo ele, jamais conseguirá realizar algo que tenha prometido. "No Congresso existem grupos conservadores que não permitem o novo".
Confesso que nunca foi fácil engolir a figura de Bento 16, mas prefiro encarar a desistência como um ato de coragem. A grande dúvida a partir de agora é que se essa análise de disputa de poder for a mais real, que futuro a igreja terá?, quando por algumas gerações os católicos continuarão a ter como autoridade máxima, conservadores.
Teremos apenas um 'novo papa', que continuará a seguir com a atual política admisntrativa ou um 'papa novo' com ideias progressistas. Bento 16 deixa de ser papa dia 28 de fevereiro de 2013. A partir desta data arcebiscos de todo o mundo se reúnem para a escolha de um sucessor.
Incialmente durante 9 dias arcebiscos, inclusive aqueles com mais de 80 anos, que não participam do conclave, fazem uma avaliação da atual situação da Igreja. Depois disso o conclave tem início apenas com aqueles que podem disputar a vaga. Esperamos que esse momento de reflexão traga resultados positivos ao futuro da igreja. Que as disputadas de poder sejam minimizadas pelo bem da continuidade da igreja.
Conheço pouco da história da igreja e como todo o processo funciona. Mas uma certeza eu tenho. A igreja precisa mudar, precisa ver o mundo de uma outra forma. Caso contrário, continuará perdendo fiéis. Que venha um novo papa, mas que este seja, de fato, um papa novo.