Cerca de 143 milhões vão às urnas no próximo domingo
Com informações da Agência Brasil e TSE
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Chegou a hora de decidir o nosso futuro. Chegou a hora de escolher nossos representantes pelos próximos quatro anos. Iremos às urnas neste domingo, 05 de outubro de 2014, para escolher àqueles que irão nos representar no Congresso Nacional, no comando do Estado e no comando do Brasil. Mas lembre-se ele deve te representar, portanto, escolha àquele que esteja alinhado às suas convicções.
Desde junho do ano passado, quando milhões saíram às ruas fazendo reivindicações, o país passou a viver momentos de incertezas, ora por vinte centavos, ora por mudanças mais significativas em todos os âmbitos da política.
Mas como realmente mudar o Brasil? Talvez essa seja a famosa pergunta que vale alguns milhões de dólares. Mas, uma certeza já temos. É preciso começar por cada um de nós. É preciso construir uma sociedade, cidadãos mais cidadãos, no sentido literal da palavra.
Não há como mudar um país, quando não mudamos em maioria, seu povo, sua gente. Não há como mudar o Brasil se novas gerações forem construídas com alicerces preconceituosos, radicais, ditatoriais, interesseiros. É preciso fazer com que a palavra FIM que aparece ao término da votação, represente, na verdade, um novo começo.
O futuro do Brasil está em nossas mãos! Faça sua parte, seja brasileiro! Escolha de forma consciente seu representante! Ao todo, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) participam destas eleições 28.998 candidatos. Sendo que 70,15% são homens. Cerca de 45% dos candidatos tem ensino superior completo e 1% declarou que apenas lê e escreve.
São 11 candidatos a presidente, 171 a governador, 181 a senador, 6.789 a deputado federal, 16.289 a deputado estadual e 1.004 a deputado distrital. Cerca de 32% tem de 40 a 49 anos e 29% de 50 a 59 anos.
“Se antes era prática comum prometer cestas básicas, emprego ou tratamento médico em troca de votos para conquistar um mandato, com o aumento da escolaridade do eleitor brasileiro essas propostas começam a perder espaço para um voto de mais qualidade”, garantem especialistas. Há um novo eleitor em construção e a melhora no nível educacional pode se transformar em mais consciência política no médio prazo.
Apesar de a maior parte dos eleitores ainda ter baixa escolaridade, houve aumento no número de pessoas com superior completo e incompleto e ensino médio completo e incompleto. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que dos 142,8 milhões de eleitores aptos a votar no pleito de outubro, 5,6% (8 milhões) terminaram a graduação - 2,8 milhões de pessoas a mais que nas eleições de 2010. O número de pessoas com superior incompleto também subiu em relação a 2010 – aumentou em 1,5 milhão, passando de 2,7% para 3,6%.
Para o cientista político Leonardo Barreto ainda não é possível dizer que o país já tem um eleitor mais crítico e consciente. “É um eleitor híbrido, que combina a necessidade de propostas novas para ele, de políticas públicas mais universais, com práticas antigas. Era uma pessoa que até ontem estava dentro de um contingente populacional que era muito suscetível a trocas e a propostas clientelistas. É uma pessoa que está migrando de um lugar para outro, mas que ainda está no meio do caminho porque essa é uma mudança de uma geração”.
O professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Roberto Kramer também avalia que o eleitorado brasileiro está em fase de transição. Para ele, os dados do TSE comprovam o gradual avanço nas condições de vida e de educação da população. “Um eleitor mais instruído costuma ser mais exigente. Esse eleitor tende a transcender o nível mais básico de expectativas e necessidades, como o alimento e o teto, e passa a querer políticas públicas mais amplas, de educação, saúde e mobilidade urbana de qualidade”.
Para a coordenadora geral da organização não governamental Ação Educativa, Vera Masagão, à medida que o país mude o perfil educacional da população, a tendência é que o perfil do eleitorado também seja alterado no sentido de um voto mais consciente. Segundo Vera, ao lado da educação formal, é preciso ampliar a educação cidadã. “Essa é uma educação que se dá principalmente no engajamento político. Então são pessoas participando de partidos, de ONGs, engajadas, acompanhando causas de interesse público e políticas públicas. É dessa forma que a gente vai, de fato, mudar a política, com mais gente participando e exercendo o controle social".