Cada brasileiro consome 2,8 kg de chocolates por ano; Mercado prevê a fabricação de 80 milhões de ovos em 2014
Os primeiros vestígios da descoberta do chocolate são de 1.500 a.C. e vêm da civilização Olmeca que habitava o México na época. O cacau foi aproveitado posteriormente pelos Maias e Aztecas em forma de bebida, considerada sagrada. Nas cerimônias religiosas, o cacau torrado era servido com especiarias e mel.
Os primeiros pés de cacau apareceram há milhões de anos na floresta amazônica, entre dois grandes rios situados ao norte da América do Sul: o Orenoco – que nasce nas Guianas e se estende por boa parte do território venezuelano – e o gigantesco Amazonas, cuja bacia abrange vários países, além do Brasil: Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Guiana e Peru. Depois, correntes migratórias nativas levaram a planta para a América Central, onde se desenvolveu a civilização maia e, mais adiante, até o México, onde habitaram os astecas.
Os conquistadores espanhóis introduziram a delícia na Europa, onde era considerado um alimento especial por seu valor nutricional e energético. Inicialmente somente mulheres, sacerdotes e nobres o consumiam em cultos da Igreja Católica, depois o cacau foi se popularizando e se diversificando com a adição de outros ingredientes.
Os suíços tiveram a idéia de misturar o cacau ao leite, dando origem ao chocolate como nós conhecemos hoje. Típico de clima tropical, o cacaueiro encontra no Brasil um ambiente ideal para o seu cultivo, principalmente nas regiões do Espírito Santo e o sul da Bahia, Ilhéus. Hoje, nosso país é o maior produtor da América Latina e um dos maiores do mundo ao lado da Costa do Marfim, de Gana e do Equador.
Os vários tipos de cacau. Pesquisas feitas no código genético dos cacaueiros indicam que todas as variedades têm a mesma origem: a árvore que existia na floresta tropical amazônica. Quando a espécie migrou para outras regiões mais ao norte, na América Central e sul do México, passou por variações, decorrentes das condições de solo, clima e cultivo. Astecas e maias conheciam uma variedade que produz frutos grandes, com superfície enrugada e sementes com interior de cor branca ou violeta-claro. É o cacau criollo (nativo). Na Amazônia encontra-se a variedade de superfície mais lisa, com sementes de interior escuro, indo do violeta mais tinto até quase o preto. Foi a primeira variedade a aparecer. Como não era conhecida por astecas e espanhóis, acabou sendo batizada de forasteiro. Há ainda outras variedades, como os trinitários, mas todas originadas do cruzamento das duas principais.
Mercado 2014. A venda de chocolates, no Brasil, em 2014, deve registrar resultados próximos aos de 2013, já que, segundo Ubiracy Fonseca, vice-presidente de Chocolates da ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), o mercado está estável, depois de crescimento anual na casa dos dois dígitos entre 2009 e 2011.
Os números, ainda que estáveis desde 2012, impressionam: somos o terceiro maior mercado de chocolates e confeitos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha. São consumidas no Brasil, anualmente, 800 mil toneladas de chocolates e afins, incluindo achocolatados - só de chocolates são 530 mil toneladas por ano. O brasileiro abocanha, em média, 2.8 quilos de chocolate por ano. Só na Páscoa, chegam ao mercado 18 mil toneladas de ovos, o que se traduz em 80 milhões de unidades, distribuídas em 900 mil pontos de venda. Nessa época, 24 mil novos empregos surgem para atender a demanda, principalmente de promotores de vendas.
Quanto aos preços, os ovos de Páscoa devem chegar às lojas até 10% mais caros neste ano, segundo informam os fabricantes - alta em parte justificada pela indústria por conta da valorização do dólar, que sobrecarrega o custo de importação de brindes (que vêm em grande quantidade da China), bem como do cacau (vinculado à Bolsa de Valores de Nova York) e do petróleo, dentre outros insumos usados não apenas na confecção do chocolate, mas também das embalagens. Esta elevação deverá causar impacto no bolso dos devoradores de ovos e está distante do que aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado de março de 2013 (Páscoa do ano passado) até janeiro deste ano: 4,96%.
Com informações: site Terra, ABICAB, Site Cacau Show e Arcor
Os números, ainda que estáveis desde 2012, impressionam: somos o terceiro maior mercado de chocolates e confeitos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha. São consumidas no Brasil, anualmente, 800 mil toneladas de chocolates e afins, incluindo achocolatados - só de chocolates são 530 mil toneladas por ano. O brasileiro abocanha, em média, 2.8 quilos de chocolate por ano. Só na Páscoa, chegam ao mercado 18 mil toneladas de ovos, o que se traduz em 80 milhões de unidades, distribuídas em 900 mil pontos de venda. Nessa época, 24 mil novos empregos surgem para atender a demanda, principalmente de promotores de vendas.
Quanto aos preços, os ovos de Páscoa devem chegar às lojas até 10% mais caros neste ano, segundo informam os fabricantes - alta em parte justificada pela indústria por conta da valorização do dólar, que sobrecarrega o custo de importação de brindes (que vêm em grande quantidade da China), bem como do cacau (vinculado à Bolsa de Valores de Nova York) e do petróleo, dentre outros insumos usados não apenas na confecção do chocolate, mas também das embalagens. Esta elevação deverá causar impacto no bolso dos devoradores de ovos e está distante do que aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado de março de 2013 (Páscoa do ano passado) até janeiro deste ano: 4,96%.
Com informações: site Terra, ABICAB, Site Cacau Show e Arcor