Infográfico: AFP |
Enfim, os ataques terroristas de Paris, terminaram como teriam que terminar, com os extremistas mortos. Afinal, se não fossem mortos pela polícia, tirariam a própria vida. Já que decidiram, com aqueles atos, colocar um ponto final em suas histórias.
É preciso aproveitar fatos como estes para tirar algum aprendizado e porquê não, fazer uma reflexão. A França já disse que irá melhorar seus programas antiterrorismo, reforçar sua segurança, etc. Mas a lição exata, talvez , não seja essa. Precisamos refletir sobre essa tal de 'liberdade de expressão', tão explorada e defendida por todos. No Brasil, por exemplo, tenho algumas sensações.
Liberdade de expressão, aqui pelos lados das terras descobertas por Cabral muitas vezes está ligada a uma certa libertinagem no uso das palavras. É permitido caluniar, acusar, defender e muitas vezes propagar sentimentos homofóbicos, xenofóbicos e até preconceituosos. E o pior, qualquer indagação, ou tentativa de persuasão, é vista como cerceamento desta 'liberdade'.
Repito... é preciso refletir sobre o real significado da liberdade de expressão, saber valorizá-la. Defendê-la sempre, mas saber que liberdade de expressão não significa falar o que quiser. Com urgência é preciso definir o que, de fato, é liberdade de expressão.
Sei que é complicado, e talvez muitos podem não concordar. E é importante, lembrar, que em momento algum quero justificar os atos terroristas. Ao contrário, são bárbaros, merecedores de punições severas. Apenas, trago para nosso 'quintal' uma reflexão. Com o avanço das redes sociais e da propagação das múltiplas opiniões, ficou mais fácil sentir que falta bom senso, ética, respeito. E a precariedade, de todos estes sentimentos, ocasionada, principalmente, por um país que pulou etapas para dar educação a seus cidadãos, pode sim, ser confundida com liberdade de expressão.
Que possamos ter um futuro de mais liberdade, mais bom senso, mais respeito, menos ameaças e nenhum terrorismo.